quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A paciência de cultivar um jardim.


Não é novidade para ninguém que vivemos em um mundo doente e extremamente ansioso. As pessoas, acostumadas com a comodidade e praticidade da tecnologia, querem tudo para ontem, e 15 minutos na fila do banco, torna-se uma eternidade extenuante e sofrível.
Eu não fujo à regra. Mesmo que tenha nascido em uma época que não existia toda esta tecnologia, e ainda brincava de fazer bolinhos de barro, com a vida adulta e o ego, a ansiedade começou a formatar a minha personalidade, e assim como muitos jovens da minha idade, me deixando doente.

Meu pai, por outro lado, me ensinou algo que ele aprendeu com a mãe dele, o amor pela natureza e pelas flores. Não teve tempo de me ensinar muito, e eu em razão da minha juventude e inexperiência não tinha “tempo” para aprender mais. Em suas diversas lições, via muito trabalho, dedicação, e depois o resultado era pura exuberância. Ficava horas no sol, roçando a terra, plantando, e vinha cheio de orgulho me mostrar suas invenções, misturas de sementes e formas de plantio. Eis que alguns meses depois, havia uma explosão de cores e flores em nosso jardim, o trabalho valera a pena.



Hoje, eu herdei este cargo. Vejo o quanto é difícil ter a disciplina de regar, do jeito certo todos os dias. A precisão necessária de transplantá-las e a lua certa para fazê-lo, se não, elas podem morrer. Saber lidar com aquelas que não resistem, e insistir, corrigindo os erros. Ver nascer um amor que inexplicável de uma vida que se forma, que reage e que luta contra as intempéries da natureza. Buscar soluções para os problemas, dicas com as pessoas mais experientes e nunca, nunca desistir.




Anh, e quando aquela que era apenas uma sementinha dá um brotinho tão pequeno e quase invisível a olho nu? Uma emoção incrível, do nada ver nascer a vida.  
Me dedicar à jardinagem, às plantas e à natureza tem me ensinado a paciência, a beleza da origem da vida, controlar a ansiedade, o orgulho de levar um legado tão lindo adiante, e principalmente a me conectar com a razão de estarmos aqui: a energia do criador.



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